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ss autismo abre 2O vereador Julinho Fuzari entre os palestrantes da sessão solene. O Dia Mundial do Autismo é celebrado anualmente em 2 de abril desde 2007, quando foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Foto: ACOM/CMSBC

Especialistas, profissionais de saúde, educadores, pais e autistas compareceram ao Plenário Tereza Delta na manhã de sábado (06/04) para compartilhar experiências, pesquisas e reflexões sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) durante uma sessão solene presidida pelo vereador Julinho Fuzari (PSC), conforme dispõe a Resolução nº 3151/2018.

ss autista julinho“Já tivemos avanços significativos quanto à visibilidade das famílias TEA e das deficiências ocultas, como a adoção do ‘cordão girassol’ e a inclusão do símbolo do autismo na placa de atendimento prioritário, mas precisamos continuar nessa luta para garantir políticas públicas para o autista”, afirmou o vereador Julinho Fuzari. Foto: ACOM/CMSBC

O parlamentar divide a família TEA em dois tipos: aquela que tem plano de saúde privado, acesso a clínicas e consegue diagnosticar o TEA nos primeiros meses ou anos de vida da criança, iniciar um tratamento com medicação e múltiplas terapias. Na fase adulta, esse indivíduo poderá ter autonomia, se integrar à sociedade e ao mercado de trabalho.

O outro tipo, dependente do Sistema Único de Saúde (SUS), leva anos para passar em consulta com neuropediatra, resultando em um diagnóstico tardio. Mesmo após a identificação do TEA, o paciente não tem acesso às terapias - o que pode agravar sua condição. No futuro, estará sujeito a programas sociais, como a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).

Por isso, ele defende políticas públicas que viabilizam o tratamento do autista pela rede pública de saúde, a agilidade no diagnóstico e na medicação, a contratação de mais especialistas, a criação de um centro de referência e o estabelecimento de convênios e parcerias com as clínicas que atuam na região para atender, de forma imediata, a demanda reprimida.

ss autista palestraAlém de relatos pessoais, resultados de estudos e análises comportamentais e científicas, as palestras ofereceram orientação prática para pais, cuidadores e profissionais que trabalham com pessoas do espectro autista, visando melhorar a qualidade de vida e o potencial de desenvolvimento desses indivíduos. Foto: ACOM/CMSBC

Para discutir temas alusivos à data, os organizadores convidaram:

🔸 Raul Ribeiro - psicólogo clínico: Modelo Assert USA - Atendimento em grupos ABA

🔹 Profa./Ma./Doutoranda Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn: Invisibilidade/Prevalência/Sexo e Gênero/Suicídio e os aspectos psicosocioafetivos no indivíduo com TEA

🔸 Dra. Camila Almeida Exposto Alves – neurologista: Mudanças nos critérios diagnósticos

🔹 Dr. Rubens Grimblate Wajnsztejn – neurologista: Os avanços das pesquisas e prática clínica do canabidiol na epilepsia, linguagem, comportamento no TEA

🔸 Tauane Oliveira – especialista: A importância do treinamento de pais em relação ao manejo comportamental em crianças autistas

🔹 Dr. Flavio Geraldes Alves – neurologista: O uso do canabidiol no autismo

🔸 Dr. Felipe Caracuel – psiquiatra: Comorbidades no TEA (transtornos ansiosos, de humor, TDAH, deficiência intelectual e bullying)

🔹 Dra. Kelly Regina Portugal – dentista: Orientação de higiene e primeiro atendimento odontológico no TEA

🔸 Dra./BCBA Adriana Regina Rubio: Indicadores de qualidade na prestação de serviços em ABA

🔹 Amanda Neves - especialista e mestranda: Alfabetização no TEA

🔸 Marco Canuto - especialista e psicólogo: As diferenças entre a avaliação diagnóstica e a avaliação de desenvolvimento infantil baseada em ABA

🔹 Adelaide Manfre - especialista e mãe atípica: Estratégia de intervenção no autismo grau 3 na adolescência

🔸 Fabiana Sarilho - professora/mestra/fisioterapeuta e terapeuta ocupacional: A influência das questões sensório-motoras e o ganho de habilidades no TEA

🔹 Dra. Letícia Rasia – neuropediatra: TEA, rigidez mental, oposição: será TOD?

🔸 Ana Paula de Lima Bronzatti - especialista fonoaudióloga: A importância da motricidade orofacial no TEA

🔹  Regiane Crippa - especialista/mestre/fonoaudióloga: Intervenção precoce de crianças com autismo centrada na família

ss autismo extraA fita ou laço formado por um quebra-cabeça colorido é o símbolo mundial da conscientização do Transtorno do Espectro Autista, caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. Imagem: Marlon Romanelli Romanelli por Pixabay

O autismo afeta uma em cada 100 crianças em todo o mundo, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado na última terça-feira (02/04).

A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de difundir informações sobre essa condição do neurodesenvolvimento humano e reduzir o preconceito que cerca as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estímulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito específicas.

O TEA pode se manifestar em três níveis, que são definidos pelo grau de suporte que a pessoa necessita: nível 1 (suporte leve), nível 2 (suporte moderado) e nível 3 (suporte elevado).

(Com informações da Agência Brasil)

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Os convidados visitaram uma feira de exposição, com livros didáticos, brinquedos pedagógicos, terapias assistidas por animais e participaram de oficinas e atividades recreativas gratuitas no saguão do Palácio João Ramalho, no andar térreo da sede do Legislativo. Fotos: ACOM/CMSBC

 

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