Especialistas, profissionais de saúde, educadores, pais e autistas compareceram ao Plenário Tereza Delta na manhã de sábado (06/04) para compartilhar experiências, pesquisas e reflexões sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) durante uma sessão solene presidida pelo vereador Julinho Fuzari (PSC), conforme dispõe a Resolução nº 3151/2018.
O parlamentar divide a família TEA em dois tipos: aquela que tem plano de saúde privado, acesso a clínicas e consegue diagnosticar o TEA nos primeiros meses ou anos de vida da criança, iniciar um tratamento com medicação e múltiplas terapias. Na fase adulta, esse indivíduo poderá ter autonomia, se integrar à sociedade e ao mercado de trabalho.
O outro tipo, dependente do Sistema Único de Saúde (SUS), leva anos para passar em consulta com neuropediatra, resultando em um diagnóstico tardio. Mesmo após a identificação do TEA, o paciente não tem acesso às terapias - o que pode agravar sua condição. No futuro, estará sujeito a programas sociais, como a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
Por isso, ele defende políticas públicas que viabilizam o tratamento do autista pela rede pública de saúde, a agilidade no diagnóstico e na medicação, a contratação de mais especialistas, a criação de um centro de referência e o estabelecimento de convênios e parcerias com as clínicas que atuam na região para atender, de forma imediata, a demanda reprimida.
Para discutir temas alusivos à data, os organizadores convidaram:
🔸 Raul Ribeiro - psicólogo clínico: Modelo Assert USA - Atendimento em grupos ABA
🔹 Profa./Ma./Doutoranda Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn: Invisibilidade/Prevalência/Sexo e Gênero/Suicídio e os aspectos psicosocioafetivos no indivíduo com TEA
🔸 Dra. Camila Almeida Exposto Alves – neurologista: Mudanças nos critérios diagnósticos
🔹 Dr. Rubens Grimblate Wajnsztejn – neurologista: Os avanços das pesquisas e prática clínica do canabidiol na epilepsia, linguagem, comportamento no TEA
🔸 Tauane Oliveira – especialista: A importância do treinamento de pais em relação ao manejo comportamental em crianças autistas
🔹 Dr. Flavio Geraldes Alves – neurologista: O uso do canabidiol no autismo
🔸 Dr. Felipe Caracuel – psiquiatra: Comorbidades no TEA (transtornos ansiosos, de humor, TDAH, deficiência intelectual e bullying)
🔹 Dra. Kelly Regina Portugal – dentista: Orientação de higiene e primeiro atendimento odontológico no TEA
🔸 Dra./BCBA Adriana Regina Rubio: Indicadores de qualidade na prestação de serviços em ABA
🔹 Amanda Neves - especialista e mestranda: Alfabetização no TEA
🔸 Marco Canuto - especialista e psicólogo: As diferenças entre a avaliação diagnóstica e a avaliação de desenvolvimento infantil baseada em ABA
🔹 Adelaide Manfre - especialista e mãe atípica: Estratégia de intervenção no autismo grau 3 na adolescência
🔸 Fabiana Sarilho - professora/mestra/fisioterapeuta e terapeuta ocupacional: A influência das questões sensório-motoras e o ganho de habilidades no TEA
🔹 Dra. Letícia Rasia – neuropediatra: TEA, rigidez mental, oposição: será TOD?
🔸 Ana Paula de Lima Bronzatti - especialista fonoaudióloga: A importância da motricidade orofacial no TEA
🔹 Regiane Crippa - especialista/mestre/fonoaudióloga: Intervenção precoce de crianças com autismo centrada na família
O autismo afeta uma em cada 100 crianças em todo o mundo, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado na última terça-feira (02/04).
A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de difundir informações sobre essa condição do neurodesenvolvimento humano e reduzir o preconceito que cerca as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estímulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito específicas.
O TEA pode se manifestar em três níveis, que são definidos pelo grau de suporte que a pessoa necessita: nível 1 (suporte leve), nível 2 (suporte moderado) e nível 3 (suporte elevado).
(Com informações da Agência Brasil)
Os convidados visitaram uma feira de exposição, com livros didáticos, brinquedos pedagógicos, terapias assistidas por animais e participaram de oficinas e atividades recreativas gratuitas no saguão do Palácio João Ramalho, no andar térreo da sede do Legislativo. Fotos: ACOM/CMSBC
CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ACESSAR:
▶ A GRAVAÇÃO EM ÁUDIO DA SESSÃO SOLENE
Canais online de atendimento ao munícipe
Encaminhe suas dúvidas sobre a Câmara Municipal de São Bernardo do Campo pelo e-SIC (Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão).
Envie sua manifestação (denúncia, elogio, reclamação, solicitação ou sugestão) por meio da Ouvidoria Legislativa.