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ss nascituro abreOs integrantes da mesa de honra da sessão solene. (Foto: Oscar Jupiraci)

A cerimônia, realizada na noite de sexta-feira (09/11) no “Plenarinho” da Câmara Municipal, também comemorou o “Dia do Nascituro”. A palavra provém do latim nasciturus e significa “aquele que vai nascer”.  A data, que visa celebrar a vida humana no ventre materno, foi instituída no calendário oficial de eventos do município por meio da Lei nº 6.616, de 23 de novembro de 2017, de autoria do vereador Jorge Araújo (PHS).

Além do parlamentar, foram convidados para compor a mesa de honra da sessão solene: Roberto Vertamatti, representando as Comissões em Defesa da Vida; Fernanda Fernandes Takitani, professora; padre Jailson José dos Santos, assessor diocesano da Comissão em Defesa da Vida; Dr. José Roberto Gil Fonseca, secretário municipal de Cidadania, Assuntos Jurídicos e Pessoa com Deficiência, e Pery Cartola, prefeito em exercício. 

arquivo O vereador Jorge Araújo presidiu a solenidade em defesa da vida e do nascituro. (Foto: Oscar Jupiraci)

Leia a íntegra do pronunciamento do vereador Jorge Araújo:

“Toda pessoa humana tem direito à vida, inclusive o nascituro – é daí que se inicia tudo. Sem o nascimento dessa criança não existiria nenhuma vocação e nenhuma missão.

Nascituro, por definição, é aquele que deve nascer. Porém, por mais que isto possa parecer óbvio, é um fato que tem se tornado obscuro na sociedade.

Vemos que a sociedade tem se movido na direção de liberar práticas como o aborto, a eutanásia, a fecundação artificial - que sacrifica ou congela várias pessoas.

O que se pretende com isso? O objetivo é que essas práticas se tornem direitos, e, se isso continuar, como consequência, teremos uma banalização da vida humana como nunca antes vista na história da humanidade.

Um exemplo disso é o número crescente de abortos nos países onde foi legalizado. Também o número crescente de famílias, patrões e homens que não têm nenhum escrúpulo de obrigar suas mulheres a procurar o aborto.

Essas mulheres não agem livremente, mas são vítimas de uma mentalidade cultural que as obriga a fazer isso e, por consequência, as levam ao entendimento de que conceber uma vida humana é um fardo.

O que nos surpreende é que essa mentalidade tem conquistado a sociedade com uma força cada vez maior. Mas, como é possível que essas ideias se proliferem de modo crescente?

A causa é a seguinte: existe um esforço organizado para banalizar o direito à vida. Este esforço recebe um grande financiamento de fundações internacionais que mantêm pessoas e instituições comprometidas direta ou indiretamente com este objetivo.

Porém, somente um grupo de entidades não conseguiria convencer as pessoas. Por isso, outro componente que tem sido fundamental para o desenvolvimento deste trabalho é o uso do sistema acadêmico para legitimar essas ideologias contra a vida humana. Inclusive, por este motivo, muitas dessas fundações pagam bolsas de estudo para formar ativistas com esta orientação.

A nossa iniciativa aqui é reunir e convidar pessoas que compreendam o valor da vida humana, para que se organizem para defender a vida desde a sua concepção até a morte natural.

Para romper esse ciclo vicioso é necessário que as pessoas compreendam a gravidade e o funcionamento da cultura de morte em meio à sociedade. Além isso, é importante se interar de que forma estamos nos organizando para frear tamanha irracionalidade. 

E, contudo, dar o apoio é necessário, pois mediante isso, ainda há muitas famílias que acolhem com generosidade e responsabilidade seus próprios filhos; bem como há famílias que, para além do seu serviço cotidiano, sabem abrir-se ao acolhimento de crianças abandonadas, de adolescentes e jovens em situação de rua e outras dificuldades.

Além disso, temos centros de vida, de ajuda à vida ou instituições análogas, como o Movimento em Defesa da Vida, dinamizadas por pessoas e grupos que, com admirável dedicação e sacrifício, oferecem seu apoio moral e material às mães em dificuldade, tentadas a recorrer ao aborto.

Há grupos de voluntários, empenhados em dar hospitalidade a quem não tem família, encontra-se em condições de particular dificuldade e precisa reencontrar um ambiente educativo que o ajude a superar os hábitos destrutivos e recuperar o sentido da vida.

Vejamos, portanto, que mesmo nas situações mais difíceis e adversas, temos pessoas e instituições organizadas para o bem comum da sociedade, para a busca do sentido de vida.

Encerro a minha fala e deixo uma breve reflexão a todos vocês e a mim também: se, de fato, não defendermos a vida, o que podemos fazer? Porque não haverá um depois”. 

Destaques

ss nascituro peryA solenidade contou com a presença do prefeito em exercício do município de São Bernardo do Campo, Pery Cartola. Ele elogiou a atuação do vereador Jorge Araújo e comentou que “no mandato passado, também fiz uma briga ferrenha no Legislativo em favor da família”. (Foto: Oscar Jupiraci)

ss nascituro fernandaA conferencista e professora de História e Geopolítica, Fernanda Takitani ministrou uma palestra sobre controle populacional e aborto. Formada em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), ela é pesquisadora do Observatório Interamericano de Biopolítica. (Foto: Oscar Jupiraci)

mosaico O público acompanhou as discussões no “Plenarinho”. O objetivo da "Semana em Defesa da Vida" é propor à sociedade um debate sobre os cuidados, proteção e a dignidade da vida humana, em todas as suas fases, desde a concepção até seu fim natural. (Fotos: Oscar Jupiraci)