A reflexão sobre as ações e os programas desenvolvidos pelo Estado e pelos governos para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis marcou a sessão solene presidida pelo vereador Antonio Carlos, Toninho da Lanchonete (PT), na noite de sexta-feira (14/06), no Plenário Tereza Delta.
Depois de lembrar a falta de políticas públicas na década de 1970, quando aqui chegaram migrantes a procura de trabalho, Antonio Carlos afirmou que a Campanha da Fraternidade incentiva a mobilização da comunidade. “A população tem que se levantar, vir para o centro do debate para que a gente possa fomentar mudanças. A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias nas câmaras municipais é uma dessas oportunidades. O projeto é um apanhado dos problemas que temos na cidade e serve de orientação, para que, no segundo semestre, a gente possa aprovar a peça orçamentária e incluir, através de emendas, os itens que consideramos importantes para a nossa região”.
O parlamentar compôs a mesa de honra ao lado de sua esposa, sra. Elide Pirinelli da Silva; os padres Carlito Dall'Agnese, Leandro Alves de Figueiredo e Paulo Afonso; Alex Hessel Maganha, representando o prefeito Orlando Morando; Dr. Manuel e Jorge Araújo, vereadores de São Bernardo do Campo, e de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo da Arquidiocese de Santo André.
Em sua palestra, Dom Carlos Cipollini declarou que “refletir sobre políticas públicas é importante para entender a maneira pela qual elas atingem a vida cotidiana e o que pode ser feito para que sejam efetivadas, além de acompanhá-las com uma boa fiscalização, pois, só assim, são aprimoradas. A política pública é algo sério, que envolve planejamento daquilo que é útil e essencial, como, por exemplo, o saneamento básico. Onde o esgoto é tratado, a saúde das pessoas melhora muito.
A política pública também é preventiva. Infelizmente, não temos no Brasil a prática de prevenir. Só se corre atrás do prejuízo. Algumas políticas públicas são feitas mediante um acontecimento. Em uma tragédia, faz algo aqui e ali para tentar resolver e ‘tapar o buraco’, depois se esquece, não se fala mais naquilo até a próxima adversidade. Desse modo e, até mesmo por desentendimentos entre os governantes, as políticas públicas ficam atrasadas, são anuladas ou deixadas de lado, e o sofrimento do povo continua. Faço votos de que esta Casa de Leis possa unir esforços para aprovar políticas públicas que visam o bem de toda a população”, concluiu.
Cerca de 20 casais que, de maneira voluntária e benevolente, fizeram a diferença em suas comunidades, receberam diplomas de benemerência. Foram homenageados integrantes das Paróquias São Geraldo (Comunidade Santa Rita de Cássia); Sagrada Família; Santa Luzia Virgem e Mártir; São Maximiliano Maria Kolbe; Santa Edwiges; Nossa Senhora de Guadalupe; São João Batista; Nossa Senhora Aparecida; Nossa Senhora de Fátima e Santa Maria, no Bairro Demarchi; das capelas São José Operário; São Benedito; Santo Antônio; além de freiras do Instituto de Educação das Irmãs de Maria de Banneux.
DESTAQUES DA CERIMÔNIA
Criada em 1962, a Campanha da Fraternidade é apresentada anualmente na quarta-feira de cinzas, quando tem início a Quaresma - período de 40 dias que antecede a Páscoa. A cada ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolhe um tema para despertar a solidariedade dos fiéis em relação a um problema concreto na sociedade brasileira.