Os integrantes da Mesa de Honra. Foto: Assessoria do vereador Leo RR.
Na noite da última terça-feira (14/11), por iniciativa do vereador Leo RR (PSD), foi comemorado na Câmara Municipal o Dia da Favela. A solenidade foi realizada nos termos da Resolução nº 3.302, de 03 de novembro de 2021, de autoria do vereador licenciado Fran Silva.
Compuseram a Mesa de Honra da sessão solene:
- vereador Leo RR, presidente da comissão organizadora;
- Daniela Cristina, esposa do vereador;
- Fran Silva, secretário de cultura e vereador licenciado;
- Mateus Ferreira, representando o deputado federal Marcelo Lima;
- Marcos Miranda, presidente da CUFA São Bernardo do Campo;
- Elizabete de Jesus Rocha, presidente do Instituto Potências das Quebradas;
- Gilcimar Campos, vice-presidente da CUFA São Bernardo do Campo;
- Paulo Araujo, presidente da Casa Neon Cunha;
- Andre Sicco de Souza, secretário de Assistência Social do município, representando o Poder Executivo;
- vereador Lucas Ferreira.
“Quero aqui parabenizar a equipe da CUFA pelo trabalho importante que realiza dentro das comunidades em prol dos menos favorecidos”, comentou o parlamentar. Foto: Assessoria de Comunicação/CMSBC.
A ideia de se comemorar a data no município de São Bernardo do Campo foi devido à necessidade de se reconhecer a potencialidade da população residente nas favelas do país que, segundo pesquisa realizada pela Central Única das Favelas, juntamente com a Comunidade Door, representa, atualmente, o expressivo número de 13,6 milhões de brasileiros.
Comemora-se o “Dia Internacional da Favela” em 4 de novembro, data alusiva ao retorno dos soldados que lutaram na Guerra dos Canudos ao Rio de Janeiro, no ano de 1897.
Referidos soldados foram os ocupantes da primeira favela do Brasil, originada a partir da ocupação da localidade atualmente conhecida como “Morro da Providência”, na região central da cidade do Rio de Janeiro.
A ocupação foi realizada pelos soldados sobreviventes e vitoriosos da Guerra dos Canudos, que retornaram para o Rio de Janeiro e reivindicaram as moradias prometidas pelo governo da época, em caso de vitória. Como o então governo não dispunha de verba para o cumprimento de sua promessa, permitiu que os combatentes construíssem suas casas em um morro próximo ao quartel. Assim, deu-se a ocupação do morro por soldados e por escravos libertos que não tinham onde morar após a abolição da escravatura.
O termo “favela” também tem origem na Guerra dos Canudos. Durante o combate, os soldados ficaram acampados no “morro da favela”, nos arredores de Canudos, região do sertão do Estado da Bahia, a qual era repleta de uma vegetação denominada favela ou faveleira.
Desta forma, a geografia do Morro da Providência, no Rio de Janeiro e até mesmo a flora local, remetia os soldados ao morro da favela, em Canudos, assim associando a ocupação com o morro situado em Canudos e com a vegetação existente.
A criação do “Dia da Favela” não pode ser interpretada como glamourização da pobreza. Ao contrário, é uma data para reflexão e proposição de políticas públicas e ações voltadas para a potencialização das aptidões culturais, empreendedoras, esportivas e sociais da população residente nas favelas.
A data visa, sobretudo, reduzir os mitos e discursos perversos, recheados de preconceito e discriminação quanto às populações que vivem em territórios vulneráveis (favelas).
(Com informações da Resolução nº 3.302/2023)
Durante a sessão, foram entregues homenagens a membros, moradores e lideranças da CUFA SBC, como reconhecimento da Câmara Municipal pela relevância do seu trabalho e esforço.
A apresentação musical ficou por conta dos jovens da Orquestra do Instituto Futuração. Foto: Assessoria do vereador Leo RR.
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